sábado, 23 de janeiro de 2010

Tecnologia | Technology




Quando surge um pedido de orçamento, o meu primeiro impulso são sempre os Caran D`Ache em detrimento dos normais programas de concepção de interiores em 3d. Embora aprecie as novas tecnologias que permitem que o artista expresse as suas ideias sem sujar as mãos, o prazer maior reside precisamente no domínio deste material fantástico que me tem acompanhado á mais de 25 anos.
Foto de Caran D`Ache
Lembro-me perfeitamente de ter recebido a minha primeira caixa de lápis desta marca de origem suíça. Ainda hoje conservo essa caixa em lata, que hoje serve de abrigo a papéis bonitos e algo raros. O presente soube melhor que uma caixa de chocolates. Foi um presente desejado. O risco macio, a qualidade da madeira que permite a longa duração da grafite, a paleta de cores brilhantes e sedosas fazem com que a minha caixa de lápis-aguarela permaneça sempre numa das minhas gavetas e continue a ser um dos meus materiais de eleição.
Mais tarde, quando já contava com uns 17 anos foi o pastel a óleo. Uma caixa com 60 cores, um luxo na altura, que só o meu pai podia encontrar na Papelaria Fernandes ou na Casa Ferreira. Foi por isso que na minha própria festa de aniversário, com mais de quinze convidados á roda de uma mesa, eu peguei num bloco de papel canson para rabiscar o que quer que fosse.










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